
No início, foi o desaparecimento duma filha
E a devastação do sentido para a vida
Mas a esperança de encontrá-la devolveria o ânimo
E a publicidade ao caso o tornaria mediático.
Este desgosto despertara ajudas e apoios
Realizavam-se missas cheias de comoção por todos
Nos âmagos brotavam amargas lágrimas e choros
Pela revolta do pecado dos suspeitos pedófilos.
Depois, soube-se da existência de negas e omissões
De importantes factos e acontecimentos precisos
E que talvez escondessem provas e vestígios
E até um corpo morto para mimos.
Houve um recomeço a partir do zero
E quem era testemunha ganhou o estatuto de arguido
Sem unânime apoio passaram a ter um mísero sonho
De limparem o nome e provarem a inocência em julgado.
Depois de tudo isto, virá a verdade a ser do conhecimento público?
(Poema inspirado num caso mediático, mas não relata factos, é apenas inspirado, repito!)
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