quinta-feira, 26 de julho de 2007

Frágil


A minha fragilidade
É dum vidro fino… frágil!
É relíquia que se racha
Até ao mais fino toque… ágil!

É papoila que se solta da terra
Pela força do vento vindo do norte
Desenraizada no presente…
E no futuro fica a um passo da morte!

Sempre frágil…
Até a um sopro quente e afável
Até a um beijinho de menino amável!

Sucumbiu-se o coração
Sem um aviso prévio... de antemão
A batida já não bate no pulso, mas no caixão!

terça-feira, 24 de julho de 2007

Mergulho no Mar da poesia.



Fui numa pequena onda

Calma, serena…

Nadei, mergulhei…

Num Mar de rima,

Versos de espuma

Cobriram-me a alma,

E poemas se soltaram

Do meu coração de gaivota,

Rimei debaixo dum lindo sol

E sobre uma suave brisa,

E renasci…

Depois dum último mergulho

No Mar da poesia.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

"Adeus"



“Adeus”,
Foi a última das tuas palavras
Sem um sorriso à mistura
Sem um sentimento de outrora.

…Mas com uma quebra de implícito fim à vista
Dentro dum presente embrulhado em papel amargurado.

“Adeus”,
Digo-te agora eu
Mas não por vingança
Apenas para finalizar este puzzle de aliança.

…Por ter perdido o medo de perder um jogo feito a dois
Digo agora adeus à perseverança!

domingo, 22 de julho de 2007

Feitiço



Parece que vivo num deserto…
Porque não encontro quem eu quero.

Nem sei se existe este anjo Orfeu
Só sei, que é assim que eu lhe chamo.

Para ele, visto-me de branco
Em jeito de anjo.

Subo ao altar
Sonhando com o seu sagrado olhar.

Venero o seu amor
Sem lhe conhecer a dor.

Solto-lhe um beijo
De adocicado sabor.

Abro-lhe os braços
Para um apertado abraço.

Tudo isto num sonho…
Que não se quer ver acordado.

Eu sei, que sou o pecado disfarçado…
Que se alimenta dum verso.

Eu sei, que se me lerem do princípio ao fim
Não quebrarei este feitiço de alecrim.

Agora, o anjo Orfeu será meu!
E não o será só quando sonho…mas quando vivo.

Só porque houve quem lê-se… este feitiço.

sábado, 21 de julho de 2007

Para a eternidade!


Vou abandonar o meu bom porto
Para poder seguir o teu rasto...
Pelo teu mar profundo e pouco seguro.

Serei o teu farol, e a tua plena luz do sol.

Usufruirei da tua liberdade
Ao atravessar os mares de lés a lés
Mas de ti… nunca estarei a mais de mil pés.

Serei a sereia, que só para ti Deus fez.

Em pleno mar alto, sentirás uma brisa calma
E sentirás os meus beijos na água salgada
Quando ela salpicar o teu rosto moreno.

Serei o próprio carinho personificado.

Sinto que dentro em breve
Ouvirei de ti, meu trovador, a palavra “adoro-te”
E cairei nos braços da felicidade.

Serei tua… para a eternidade!

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Perfuma-me!




Se há perfume que me encanta
É o teu, meu bem-amado
Perfuma-me hoje e amanhã
Com o aroma a hortelã
Da tua boca na minha boca entreaberta.

E me beija!
Quero sentir o teu lábio da cor do cravo perfumado.

Me toca!
Com a tua pele cheirando um pouco a canela.

Exala-me com o teu perfume e me marca
Para que eu seja só tua!
Deixa-me ficar perdidamente apaixonada
Quando me sentir encaixada
No orvalho da tua viril selva.

Quero o teu perfume! Meu bem-amado.

sábado, 14 de julho de 2007

Serei do Mar ou da Terra?



Clara... da cor duma nuvem branca
Ave que paira sobre um sonho
Raso voo entre o vento
Longe de tudo...
Até do tempo!

Sozinha e em céu aberto
Oiço o apelo do Mar
Fico ouvindo a sua música...
Império do sentido auditivo
Amante da melodia da vida!

Martírio... Se não encontro um bom poiso
Anjos me transportam para além terra
Regresso ao céu… quero o Mar!
Timbre de voz melódica
Infinitamente bela!
Não sei ao certo a quem pertenço...
Serei do Mar ou da Terra?

Consigo vislumbrar além de tudo
Ondas no Mar alto,
Soberbo respeito pelo
Tenebroso e forte ondular,
Estranho sentimento de
Ira, revolta e pesar!
Rapidamente fujo dum cru cenário... Sou a
Ave que vive para além dum sonho!


sexta-feira, 13 de julho de 2007

Quero amar!


Não importa se te perdi
mesmo sem nunca te ter tido.
Só importa o que eu senti
muito embora tenha sofrido.

Agora sei até onde consigo amar...
Duma forma muito além do intenso.
Se estava contigo, procurava mil formas de te mimar
Se não estava contigo, estava com a tristeza no olhar.

Por fim...
Revelaste-me que só serias meu amigo
E a esperança de te ter, morreu solitária.

Por fim...
Descobri que já não consigo viver sem estar apaixonada.
Quero amar! Quanto muito a vida...

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Vejo quanta diferença existe...

Vejo quanta diferença existe
Entre a corrente dos mares e a dos rios
E entre o sofrer e o gracejar, no mesmo instante.
Vejo o tempo num reboliço, em constante fuga
E vejo-me a envelhecer, dia após dia.

Vejo quanta diferença existe
Na análoga simetria da corrente.
Nado, corro... quase voo num acto súbito
Em busca da minha sorte
Em busca dum amor para sempre!

Vejo quanta diferença existe...
Serei eu diferente?

domingo, 8 de julho de 2007

Cheia de cor



Arco-íris de doces cores
Cores oriundas duma imensidão de flores
Onde a magia floresce incolor
E a alegria... é dum rosa pálido da vida!

Vou desabrochar com o brilho duma cor viva
... Arco-íris dando cor e brilho em mim
Poderei vir a ser uma estrela num escuro céu
Ou uma perfumada flor que resplandece ao sol.

Cheia de cor... Desempenharei o meu papel de cor!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

A partir de hoje...



Tropecei no tapete do amor
E embati com o meu peito no frio mosaico.
Escorreguei nos meus próprios sentimentos
Assim que esbarrei com o faiscar dos teus olhos.

Senti-me enfeitiçada pelo teu sôfrego olhar
Por isso, hoje não confio no meu instinto
Nem no meu manipulado bom-senso.
Desejo auto-destruir a minha falta de gosto!

A partir de hoje
Negarei ser a cegueira da percepção mais óbvia
E caminharei pela vida, numa defensiva mais atenta.

A partir de hoje
Tentarei proteger-me do infortúnio
E destemida, enfrentarei a forma mais ludibriosa da vida.
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NÃO ABANDONE!!!

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