
Virei uma página na minha vida
Não necessitando de a rasgar ou queimar
Virei-a como o tempo se vira
Na memória de nuvem cinzenta que paira no ar.
Quis o tempo amarelar as folhas escritas
Pelo escriba do meu destino de espiral torvelinho
Entre linhas que gelam ou bronzeiam letras
Foi poeta do meu tempo o Sol amarelinho.
E foi o meu destino marcado por odisseias e ventos
Rajadas que viram páginas à vida
Metamorfoses ao sujeito poético dos versos e desalentos.
E nas folhas lesadas pelo tempo de uso
Existem resistentes caracteres à leitura vã
Onde o sol amarela todo o verbo fusco.
Um comentário:
Bom... tinha que comentar este porque fez neste dia precisamente um ano que virei talvez a mais importante página da minha vida também - não fui eu que a virei, virou-se, mas como acredito - SEI - que nada acontece por acaso, foi o melhor que podia acontecer!!!
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