segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Mergulhei fundo nas palavras do Mar



Mergulhei fundo nas palavras do Mar
E acreditei sem grande ondulação no que ele me dizia
Sabia que nadava em Mar adverso à terra
E a desilusão não tardou embarcar-me na mentira.

Seria o Mar tão sobejamente calmo
Se pudesse nadar confiante até não ter mais pé
Na verdade rebentada em suaves ondas de maré
Da poesia que deu à costa, inscrita em areia verbete.

Nas ondas poéticas do Mar encapelado
Mergulhei sem medo no seu corpo enrolado
Porque fazia crer que Mar picado era calmo
E o meu corpo deu à costa, post-mortem, decomposto.

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