sábado, 28 de fevereiro de 2009

O Gui precisa da nossa ajuda!

Dêem a conhecer e/ou ajudem este lindo menino: O GUI

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http://ajuda-ao-gui.blogs.sapo.pt/

Boa sorte, Gui! :)*


"venho aqui pôr o Relato da mãe do gui!:

"Vou tentar ser sucinta e clara, o mais clara que as emoções que em mim despertam sempre que falo ou recordo o momento do parto do meu filho. Aproveito também, para pedir desculpa se este relato não for para todos perceptível, como devem imaginar, falar de emoções ou descreve-las é sempre difícil. Vou partilhar com todos a vivência do parto do meu segundo filho. Sou mãe de três filhos e a diferencia de idades entre a mais velha e o Gui é de sete anos. Como devem imaginar, nos tempos actuais, ter um segundo filho quando a primeira já tem sete anos, com toda a autonomia adquirida, é uma decisão que só se toma quando se deseja muito voltar a ser mãe e claro juntando todos os pedidos de um pai que por experiencia própria é filho único, e de uma irmã que desejava muito ter um mano, sendo que o terceiro foi um acidente que em muito veio alegrar a nossa família. Mas concentremo-nos no meu segundo filho: o Gui.
Após consulta no ginecologista, afim de poder ter a certeza que tudo estava bem comigo em termos de saúde para que esta segunda gravidez planeada decorresse sem problemas, engravidei para nossa alegria. Por sorte, ou mero acaso, cedo soubemos que o nosso filho era um rapaz e que tudo estava bem em termos de desenvolvimento fetal. A gravidez decorreu sem problema de espécie alguma. Ao oitavo mês o médico obstetra que me acompanhava detectou que o Gui mantinha apresentação pélvica, pelo que se começou a programar o parto por cesariana, dado que também sabíamos que a criança era muito grande, pareceu-me a decisão mais acertada. Na última consulta de obstetrícia após observação ecográfica, o médico verificou que o Gui já tinha dado a volta, pelo que os planos da realização de cesariana foram alterados pelo mesmo, não me tendo servido de nada argumentar que, como ele próprio me tinha feito notar o meu bebé era muito grande e, o meu primeiro parto tinha sido difícil com recurso a manobras obstetrícias, nomeadamente a utilização de ventosa. Planos alterados, voltei para casa bastante angustiada, ficando a espera que o Gui desse sinais de que queria nascer. Decorreu o mês de Dezembro, com todas as suas festas! O Gui parecia não queres nascer e, na última consulta o médico decidiu que no dia 2 de Janeiro eu daria entrada na maternidade a fim de me provocarem o parto, acordamos também que seria realizado com anestesia epidural dados os receios por mim manifestados em termos de sofrimento durante o primeiro parto e, do conhecimento de que este bebé ainda era muito maior do que a Vanessa, a minha filha mais velha, que já nasceu com 3.600kg. As nove horas cheguei à maternidade sem qualquer manifestação de início de parto, sem dilatação e sem dores. Penso que não será necessário descrever todas as diligências realizadas para provocar o parto, pois muitos de vós terão, provavelmente, já vivido situação idêntica, no entanto, quero frisar o que aconteceu: o primeiro percalço, o médico deu-me a notícia que a anestesista da equipa, não poderia estar presente dado ter sofrido um acidente de viação, não seria possível fazer epidural. Facto que me deixou nervosa mas, segundo a opinião da enfermeira, não constituía problema algum manifestando que era um segundo filho não ia “custar” nada, ia ser um instantinho, não me devia preocupar. Nesse momento pedi de novo que considerassem a hipótese de realizar o parto com cesariana, pois o Gui era muito grande o que não facilitaria um parto normal e eu não fazia boa dilatação. A equipa considerou que eram receios infundados repetindo-me que tudo iria correr bem para não me preocupar. Sempre acompanhada pelo meu marido, foram passando treze longas horas de dores, contrações, todo o processo de um parto induzido. No momento do nascimento foi pedido ao meu marido para se retirar. A equipa preparou-se e foi-me pedido que colaborasse fazendo muita força, pois tinha que ajudar o meu filho a nascer. Os momentos que vou relatar seguidamente são, como podem imaginar dolorosos, dolorosos no sentido do grande sofrimento físico que passei e da enorme angústia que senti dado ter-me apercebido que nem tudo estaria a correr bem para o meu filho. Muitas vezes dou comigo a pensar que são momentos para esquecer, não são bonitos para recordar, muito menos para partilhar! A cada momento que passava, maior consciência tinha que algo estava a correr mal, o médico referiu que teria de realizar algumas manobras obstetrícias utilizando (novamente) ventosa, de forma a conseguir que o Gui nascesse. Verifiquei que não estava a resultar, o meu filho estava “entalado”, não conseguia nascer. O director de serviço, que se encontrava presente na sala de partos, alertou-me para o facto de o Gui estar já em sofrimento, era premente conseguirmos terminar o parto. Não posso precisar se foi pelo facto do grande sofrimento físico em que estava, se pelo esgotamento psíquico, ou pelo receio cada vez maior de poder perder o meu filho… Fiquei inconsciente durante algum tempo (como e obvio não consigo precisar quanto), quando recuperei os sentidos, retirei a máscara de oxigénio e em pânico constatei que o meu medico não se encontrava na sala e que junto de mim se encontravam uma serie de “caras novas”, uma nova equipa que vinha substituir a anterior (mudança de turno), mantendo-se ambas na sala. O meu médico entrou na sala e informou-me que teria de ir para o bloco fazer uma cesariana, finalmente (pensei eu) uma decisão. Mas surgiu uma última contracção e o meu filho nasceu. ALEGRIA? MEDO? ALIVIO? Não consigo precisar o que senti, qual o sentimento mais forte, mas uma enorme angústia apoderou-se de mim quando verifiquei que o Gui não reagia e foi levado para ser reanimado. Toda a equipa acompanhou o bebé, indício de que algo estava a correr muito mal. Fiquei só naquela sala fria, foram momentos de desespero. Alguém veio tratar de mim, não conseguindo no entanto dar respostas a todas as minhas dúvidas e perguntas que eu fazia relativamente ao meu filho: “Que se passa?” “Para onde levaram o bebe?” “Porque é que não o ouvi chorar?”. Começou a invadir-me uma certeza: algo de muito grave aconteceu ao meu filho. Finalmente, após longos minutos (quase uma hora) de espera e de silêncios, o meu médico veio informar-me que estava tudo bem, sossegando-me dizendo que:"o seu bebé foi só aquecer. Vai descansar! Amanhã de manhã já estará à tua beira”. Como devem imaginar, descansar foi coisa que não consegui fazer! Foi uma interminável noite de angústia. Sem encontrar respostas para todas as dúvidas que me auto-perguntava. Pela manhã quando perguntei ao médico pelo meu filho, ele respondeu que eu poderia ir vê-lo ao serviço de neonatologia. Quando lá cheguei, talvez pelo chamado instinto maternal, dirigi-me correctamente à incubadora onde se encontrava o meu filho, sem orientação de ninguém.
Olhei para aquele bebé todo pisado, inchado, com a cabeça deformada, ligado a varias maquinas e senti que era a criança mais linda do mundo. A partir desse momento podem imaginar ou talvez não, o que se passou... Entre informações contraditórias, incertezas e silêncios como respostas às minhas perguntas, passaram-se 18 dias de internamento do meu filho na neonatologia. Não posso deixar de referir que o meu filho fez convulsões, nas primeiras horas após o nascimento, teve 2 paragens cardíacas, entre outras ocorrências. Das poucas informações que me lembro ter obtido dos serviços foram:
-uma enfermeira ao 2º dia confessa-me que o meu Gui vai ficar com sequelas para toda a vida;
- o meu médico obstetra, enfrentado por mim com a confissão da enfermeira, responde que não devo ouvir ninguém pois ele tinha acompanhado toda a gestação e o parto, e garantia que o bebe não tinha problema algum.
Venho com o meu filho para casa após 18 dias de internamento, sem informação precisa, apesar dos muitos exames que foram realizados no hospital ao meu filho.
Só passados alguns meses começo a tomar consciência de que o meu filho tem PARALISIA CEREBRAL, provocada por anoxia peri-natal (privação de oxigénio das células do cérebro durante o parto). O diagnostico final era o seguinte: 89% de incapacidade, nunca iria andar nem falar. Hoje em dia, o Gui tem 8 anos e, vive numa luta constante de ser um menino “normal”. Ao contrário do diagnóstico médico o Gui já fala, mas não anda. Frequenta a escola como qualquer outra criança, privando-se de algumas actividades que todos os seus amigos executam, como a educação física, devido às suas limitações. Uma vez por semana o meu filho faz terapia da fala e fisioterapia na Associação portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, mas os tratamentos não são suficientes. Todos os meses faz também uma sessão de quiroprática, estes tratamentos foram já executados, por parte do meu pequeno, mais frequentemente; mas devido à morte da avó materna (que cuidava do menino) tive de deixar de trabalhar para cuidar do Gui e, sendo apenas o pai a sustentar toda a família, era impossível que conseguíssemos aguentar as despesas de todas as semanas ir á guarda para a tal sessão. O Gui é um menino com uma grande força de vontade e que se esforça até ao limite pelo seu objectivo: Andar! Contei-vos a minha história na esperança de que possam ajudar esta família a concretizar o sonho do Gui! Para isso era necessário que ele fosse a Cuba, onde os tratamentos são intensivos e que mostram resultados muito positivos. Temos confiança de que o Gui vem de lá a andar, pois já vimos casos de meninos com deficiências mais profundas que voltaram de Cuba com grandes melhorias. Mas, como todos sabem, os tratamentos são muito caros e, infelizmente, não temos possibilidades para tal. Por isso apelamos a solidariedade dos portugueses para que ajudem o meu filho com donativos, para que ele possa andar e caminhe até todos vós para vos agradecer.
Fátima Almeida"
por favor, ajudem o gui!!!!"

Um comentário:

Sofá Amarelo disse...

Fico sempre alarmado com estes factos - vou fazer a remissão para os blogues. Estas coisas são terríveis...

Um beijinho grande, Carla! Um bem haja pela tua sensibilidade!

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