segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Meu corpo jaz morto



Minha alma grita em desespero profundo
Recolhendo-se na própria dor do corpo
Secando o sangue impuro
E clareando o negro dum dia já morto.

Minha sina marca-me a vida
Não sei se viverei sequer mais um dia
Nem sei se acabarei de escrever este poema
Só sei que nem sempre a minha vida rima.

Sou duma textura fina
Tão frágil como uma flor murcha
Seca sem a rega até duma lágrima
E morro sem que ninguém dê conta.

Meu corpo é espinhoso
De tal modo marcado pelo infortúnio
Enterrado com as suas raízes e com tudo
Jaz morto e moribundo num cemitério vivo.

2 comentários:

impulsos disse...

Subi ao altar das emoções
Contemplei o verde salpicado de branco
Percorri os montes da nostalgia

Embrenhei-me nos caminhos que julguei perdidos
E me levaram ao coração de uma outra vida
De um outro tempo...

Reencontrei rostos conhecidos
Sequiosos da mesma água
Que ali nos levou naquela tarde...

Por fim...
... descansei no vale das minhas lembranças
Deste quadro que a memória não esqueceu!

Agora...

... estou aqui de novo e em breve te virei retribuir o carinho e a atenção com que me presenteaste na minha ausência!

ATÉ JÁ...

Mais um belíssimo poema teu que me deixa rendida ao teu talento e aumenta a minha admiração por alguém que sabe escrever tão bem!

Beijinho

Unknown disse...

Mais um poema lindíssimo e tão forte...
Carla, és de facto uma poetisa brilhante!

Beijinhos

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