
Na terra onde a chuva cai gota a gota
Há cheiro a terra molhada
E há a vida que dela brota
Como um botão de rosa em aguarela vestida.
No campo virgem e sem passado
Há terra sem manto verde e rio
Mas há um fosso a céu aberto e ardo
Onde as fendas áridas são fundas e em fio.
A terra fossa e treme…
Estremece e amedronta com sonante som cavo
Limpa o sebo até à epiderme.
E quando a chuva cai ininterruptamente
Sobre terra seca e sem cebo
Afunda-se a morte e cava-se semente.
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