Conheci os meus Mares... Ancorei-me para não me perder. Rosa-dos-ventos em mim tatuados, Litoral Português, Orvalhos no amanhecer. Plenitude nos Mares navegados, Farol num olhar marejado de verde, Lua cheia ao anoitecer. Encosta íngreme sem caminhos... Rumo como uma Orca pelos meus males.
sábado, 24 de novembro de 2007
É deserto só por querer tanto..!
É deserto
Na aridez do meu rosto
Na seca lágrima do meu olho
E no desidratado corpo que incorporo.
É deserto
No coração que possuo
Que bate ao ritmo do que eu digo
Mesmo que escolha palavras de erro.
É deserto
No caminho que escolho e atalho
Entre seiva e sangue de destino
Marcados nas minhas mãos desertas de afecto.
É deserto
Nas planícies e colinas
Do meu útero árido e seco
Onde sem chuva não se gera um filho.
É deserto só por querer tanto…!
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3 comentários:
Carla,este poema carrega a dor da ausência...eu tb já escrevi sobre isso recorrendo ao deserto que se faz sentir na alma...é uma travessia penosa e solitária mas que nos faz crescer!Espero q em breve,o deserto seja florido,replecto de um oásis de felicidade que seja bem real(não uma alucinação).bjs luz e paz
Carla, mesmo sendo deserto, o teu poema é um oásis de frescura poética, onde as lágrimas e as tuas mãos desertas de afecto, são um prenúncio para algo de bom (estive a consultar as tuas mãos...).
Excelente poema, cara amiga.
Bfs, beijinhos.
Oi Carla
Sempre me surpreendo com suas poesias.
Não sei bem ao certo que tipo de sentimento invade sua alma nesse momento de inspiração, mas, espero q sejas compensada em tudo que desejares.
FELICIDADES!
a você minha amiga não tão distante.
Odilan Araujo
Fortaleza/Ce - Brasil
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