Conheci os meus Mares...
Ancorei-me para não me perder.
Rosa-dos-ventos em mim tatuados,
Litoral Português,
Orvalhos no amanhecer.
Plenitude nos Mares navegados,
Farol num olhar marejado de verde,
Lua cheia ao anoitecer.
Encosta íngreme sem caminhos...
Rumo como uma Orca pelos meus males.
Um comentário:
Amiga Carlita, aqui vai um poema de um porta de quem gosto especialmente: Nicolau Tolentino
Bj
Luísa
Chaves na mão, melena desgrenhada,
Batendo o pé na casa, a mãe ordena
Que o furtado colchão, fofo e de pena,
A filha o ponha ali ou a criada.
A filha, moça esbelta e aperaltada,
Lhe diz coa doce voz que o ar serena:
- «Sumiu-se-lhe um colchão? É forte pena;
Olhe não fique a casa arruinada...
- «Tu respondes assim? Tu zombas disto?
Tu cuidas que, por ter pai embarcado,
Já a mãe não tem mãos?» E, dizendo isto,
Arremete-lhe à cara e ao penteado.
Eis senão quando (caso nunca visto!)
Sai-lhe o colchão de dentro do toucado!...
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