Derramei lágrimas
Dos meus olhos de mar esverdeado
E naufraguei perto da costa
Depois de navegar em falso e ríspido oceano.
Nadei por águas turvas
E quase fui engolida pelo lodo
Escorreguei nas algas do medo
Ao vislumbrar na rebentação das ondas o meu apuro.
Ainda não sabia se me salvaria
E se chegaria sã à terra que avistava
Lutei contra as correntes da maré
E contra os monstros marinhos da minha pouca fé.
Derramei lágrimas
Dos meus olhos de mar alto
Por isso, fui submersa pelas ondas
Que afogaram de mim salgadas mágoas.
…E o mar devolveu-me à terra em lágrimas.
Conheci os meus Mares... Ancorei-me para não me perder. Rosa-dos-ventos em mim tatuados, Litoral Português, Orvalhos no amanhecer. Plenitude nos Mares navegados, Farol num olhar marejado de verde, Lua cheia ao anoitecer. Encosta íngreme sem caminhos... Rumo como uma Orca pelos meus males.
sábado, 5 de janeiro de 2008
Derramei lágrimas...
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4 comentários:
Bela alegoria, Carla, entre os versos dessa poesia e uma etapa de vida. Acho que o seu nome, "Costeira", ajudou a descrever tão bem os fenômenos e elementos do mar.
Para uma garota com "corpo de guitarra", nada como o toque suave da guitarra de Mark Knofler no playback.
Beijos, e tenha um ótimo fim de semana!
Belo poema.
Tempestuoso, é certo, mas muito bem construído.
Bom Domingo, beijinhos.
Está uma linda prosa poética!triste e nostálgica como o mar às vezes é, qd choramos...bjs
tens desafio no meu blog:)
beijnhooooooooooo
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