Conheci os meus Mares... Ancorei-me para não me perder. Rosa-dos-ventos em mim tatuados, Litoral Português, Orvalhos no amanhecer. Plenitude nos Mares navegados, Farol num olhar marejado de verde, Lua cheia ao anoitecer. Encosta íngreme sem caminhos... Rumo como uma Orca pelos meus males.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Sinto a falta de alguém que...
Sinto a falta de alguém que…
Que talvez nunca venha a existir.
Sinto a falta do toque onde sempre quis ser tocada.
Sempre quis ser dedilhada
Nas cordas do meu corpo de guitarra.
E soltar gemidos ao ser amada.
Sinto um triste fado na música que soo
Quando sou tocada sem sentimento.
Desafino um desabado de notas que não componho.
Sou um instrumento de corda que quer o melhor esposo
E sentir melódicos beijos na ponta dos dedos que tocam.
Sou a guitarra que só sobe ao palco quando a amam.
Sinto a falta de alguém que…
Que talvez venha a existir, ou não.
Sinto a falta dum guitarrista que componha em mim o clímax duma canção.
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3 comentários:
Linda poesia, Carla! Muito criativa a analogia com a guitarra. Dá até vontade de executar uns solos de "Brothers in Arms" em uma guitarra com tamanho sentimento e inspiração.
Beijos, e tenha um feliz ano novo!
Olhos abertos de espanto
A esperança renovada
Há um novo ano que anuncia
Os passos da felicidade na sua chegada
E porque gosto de ti
Companheira de viagem
Que a minha companhia
Não seja uma miragem
E porque tocaste o profeta
Com a delicadeza da tua terna mão
No abrir das minhas portas
Ilumino teu coração
Um mágico 2008
Um beijo de luz
Querida Carla
Já tinha lido este poema, mas esqueci-me de o comentar...
"Sempre quis ser dedilhada
Nas cordas do meu corpo de guitarra."
Não permitas que te desafinem... assegura-te da capacidade musical do tocador...
O poema é belíssimo. Ousado, é certo, mas muito bem escrito.
Um beijo.
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