sábado, 30 de junho de 2007

Belo Planeta azul


Belo Planeta azul,

Quem te mal tratou

E do teu bem-estar zombou?

Não sofras!

Experimenta girar uma volta noutra rotação,

Talvez haja uma benéfica mudança

No pomar do teu coração.

Experimenta!

Realiza um sonho dum poeta!

…E gira mais meia vota!

E volta a ser um perfeito e sano habitat!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

O meu baú das memórias


As nossas fotografias,
Estão guardadas num álbum
De saudosas recordações.

Acomodadas num baú
Que se apodera das memórias.

... Fidedignas provas
Dum passado com o amor em glória,
… E de tantas outras histórias.

Baú aberto... lembranças seladas
Que se soltam das trancas.

E como me magoam
As recordações expostas!

Queria viver tudo aquilo de novo!
Mas perdi-te o rasto...
No momento em que seguiste a morte, com cara de anjo.

terça-feira, 26 de junho de 2007

A flor que me deste...



A flor que me deste
Aromou toda a minha pele
E a tornou mais viçosa ao olhar e ao toque.

Era uma flor clara
Duma tonalidade rara.

Um símbolo de beleza
E do amor germinado em vida.

Uma flor que dava mais cor
A um longo amor.

Era carregada de boa energia,
Dum bem-querer... doseado por química.
Flor sem terra que apaziguou e deu harmonia.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Linha da vida



Sou uma réstia dum ser
Um pedaço de carne que por si sente dó
E que acabará sendo pó diluível
Sou... como uma sigla indecifrável!

Limito-me a viver
Não me preocupando em deixar um rasto
Pelo caminho que já não volta para o passado
Sou uma fissura de luz… no meu escuro instinto.

Caminho por linhas quase imperceptíveis
Por isso, vagueio lenta e cautelosamente
Procuro obter certezas que ninguém ousa
Sigo ciosa de cumprir todo o trajecto sem demora.

Mas a minha escolha nem sempre foi certeira
Por isso, tantas vezes chorei arrependida
Crente... muito mais em Deus do que em mim própria
Deixarei de caminhar por uma linha ténue e fina!

domingo, 24 de junho de 2007

Filhos da droga


Passeando entre uma avenida e um beco
Com um olhar meio sonâmbulo e embriagado
Deliro... porque nada me parece sombrio
Nem a droga, no seu estado mais puro ou doentio.

Passeio o meu olhar e testemunho
O assombro que matará o delírio
Pareço uma louca deambulando sem rumo
Pelo escuro deleito de qualquer moribundo.

Uma alma doente condena um corpo são
E presencio a vinda da sua morte…
Um vulto vestindo o preto em overdose.

A morte que tenta os filhos da droga
Numa sedução que rouba a vida
São passos em falso... para um abismo sem volta.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Vi-me perdida!


Se sorrio, eles viram-me as costas
Se choro, eles troçam de mim
Se os chamo, eles nem olham...
Rostos conhecidos e desconhecidos
Do meu rumo se afastam.

Confusa, destroçada e revoltada
Luto para dissipar esta agrura...
Abandonada por amigos e família
Perdida, num labirinto escorrendo em lágrima
Que desassossega o corpo e a alma.

Meia reviravolta, noutra reviravolta inteira
Acordo agitada… num salto
Depois alivio-me e acalmo
Reconhecendo que foi só um pesadelo
Não estou só…, e tudo compartilho!

terça-feira, 19 de junho de 2007

Coraçao de pedra


Uma pedra da calçada,

sobejamente irada

e roxa com a inveja,

ergue-se pesada

e vem contra mim... atiçada.

Apedreja e faísca

com uma força mística.

Não é oca, não é nada,

é só um coração de pedra

em forma de punho... cerrada.

Tanto bate... que um dia destes pára!

sábado, 16 de junho de 2007

Anjos de toda a dádiva


Sábias palavras, as dum bem-feitor
Acções gratas, protagonizadas pelo seu amor
Tempo gasto, em prol do outro
Sentimento, talvez o de maior valor!

Dono de um coração, que se comove
E a mais bem intencionada mão, que se entende
É como o vento, segue para todo o lado
É um rosto desconhecido, mas sempre amigo!

São homens que nasceram com uma missão
De ajudar, acolher, e tornar tudo melhor
São a luz mais calorosa, que alivia e apazigua!

São anjos e missionários
Da paz, da medicina, da educação, e de toda a dádiva
São simplesmente… voluntários!

Desenho o teu rosto...


Desenho o teu rosto na tela
Porque quero decorá-lo com fiel traço
E retrato-te, no mais genuíno dos teus tons.

Desenho o teu rosto
Que instantes antes, beijara por inteiro
Beijos que não deixaram marcas na tua pele
Mas marcaram o meu coração, deveras embevecido.

Desenho o teu rosto
Desejando um dia, desenhar todo o teu corpo
Para o poder olhar minuciosamente
E o registar no papel e na mente.

Nisto... acabo de desenhar o quanto te desejo!

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Reinício




Escondi-me por detrás da sombra,
Afastei-me dos tumultos e anseios,
E fugi, da permanente odisseia tenebrosa.

Assim que abandonara um amor,
Pelo qual, entregara a minha vida um dia,
E onde a infelicidade foi companheira assídua.

Finalmente, um dia despertei para mim mesma,
E mirei a minha imagem reflectida na alma
E nesse espelho, não reconheci o meu olhar vago e perdido.

Quis fugir enquanto houvesse tempo,
Peguei nos filhos e nos bens mais precisos
E libertei-me, do desamor do meu infiel marido.

Sem mais delongas, ou falsas ilusões
Libertei-me dum sofrimento demente
Sendo agora o meu reinício, e nunca o meu fim!

Maus-tratos, já não quero para mim
Só quero um emprego e um tecto,
Só quero um sorriso estampado, e um beijo dum filho!

Desejo o alimento do espírito e do corpo
Sonho ser feliz, debaixo dum ameno céu azul
E idealizo, uma paz interior sem tormento!





Dedicado a todas as mulheres maltratadas.
Um Beijinho para elas!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Sentimentos de amor eterno


Acredito na magia das palavras,
Quando elas nos falam com carinho,
Até parece que nos abraçam,
Até parece, que nos afagam com mimo.

Acredito na magia dum olhar terno,
Como um olhar de Mãe, ou de Pai,
Olhar que nos transmite tanto sentimento puro,
Que nos transmite, o melhor do calor humano.

Acredito somente, nos sentimentos de amor eterno!

Não acredito na morte do espírito,
Nem na ilusão que perdura.
Não acredito na mentira imposta,
Nem no interesse de quem governa.

Não acredito que sem a pintura escrita,
Se faça bela poesia.
Não acredito que sem o pozinho mágico,
Nasça a rima dum verso.

Não acredito noutra coisa, senão nos sentimentos de amor eterno!



De Mafalda Moutinho & Carla Costeira para o 8º concurso em Luso-Poemas.

Sabe sempre a pouco...


Passei o limite
Do que me era permitido,
Saltei barreiras e vedações
Sempre destemida e mostrando as garras.

Passei muito além desse limite
E do que me foi imposto ao nascer,
Lutei contra marés bravas e ventos fortes…
Mas porque sinto que poderia ter feito mais?

Se calhar, faltou-me aquela mão estendida
Aquele sentimento de protecção
Que nos dá mais segurança e auto-estima.

Ou se calhar, é porque queremos sempre mais
E estamos sempre insatisfeitos com o que temos
Parecendo-nos sempre poucos os bens materiais.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Não desistirei de ti!


Ao passar por um jardim
Que a primavera floriu
Recordei-me de ti
E do que contigo vivi.

Foi ao inalar um aroma
Que me veio à memória
A fragrância dos ramos de rosas
Que com tanto carinho, me ofereceras.

Dos meus olhos brotaram lágrimas
Espessas como turvas águas
Ao sentir a falta que me fazes
E ao rever o nosso adeus… cheio de mágoas.

Ali, apercebi-me que depois de ti
Só conheci os subúrbios da paixão
O vazio, e a solidão
E que tudo isso… foi em vão.

Mas lutarei pelo nosso reencontro
Que não tardará, sinto-o como uma certeza
Não desistirei deste amor, que é para a vida
Meu amor, que me dás tanta luta!

Sei que só junto a ti
Sorrirei por inteiro, um sorriso verdadeiro
Sei que só junto a ti
Me sentirei protegida, pelos teus braços e regaço.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Novo ponto de partida


Já venci tantas etapas
Tantas quantas a minha força pôde vencer
Já senti vaidade por estar no primeiro patamar
Sem nunca ter precisado de me vergar.

Já derrubei muros sem fim à vista
Numa luta desigual mas eficaz
Já precisei de força divina
Para que a fé em mim não sucumbisse em nada.

Já sofri por tudo e por nada,
Derramando lágrimas sem sentido.
Já fui capaz de tocar nas nuvens,
Bem como caminhar sem destino.

Já fui o que outrora não soube ser
Pelo medo e receio de falhar
Já não sonho com os sonhos dos outros
Hoje sou mais forte, e já posso amar…

Já posso dizer que sei o que é a dor
Bem como o cinzento da alma,
Já consigo perceber o que é o amor,
Sentimento esse que o coração acalma.

Já sei de tanta coisa,
Que aprendi ao longo desta vida.
Já novas coisas irei aprender,
Neste novo ponto de partida.



De João Filipe Ferreira & Carla Costeira para o 8º concurso em Luso-Poemas

Segredos de Amizade




Sabes amiga, estou sempre aqui para ti
quando tudo à volta teimar em se esconder.
Não, não penses nunca que te esqueci
só porque as palavras não têm o que dizer!

Segreda-me as tuas palavras
aquelas que não contas a ninguém.
Prometo estar aqui para te ouvir
mesmo se o silêncio estiver marcado.

Partilharei contigo histórias seladas
pelo tempo que se escondeu de alguém,
longe daqueles que não sabem sentir
o valor de um momento guardado.

Com as tuas mãos, secaste-me o rosto
húmido pelas minhas lágrimas.
Por não quereres ver-me triste e só
emprestaste-me as tuas experientes asas.

Quisera um dia poder voar
com total segurança e confiança,
mas sem a tua fiel amizade
perco a vontade e a força.

Sabes amiga, precisarei sempre dos teus conselhos
e das tuas verdades, puras e cruas.
O teu carinho por mim transforma-se em palavras.
O meu apreço por ti está preso por amarras.



De Tytta & Carla Costeira para o 8º concurso em Luso-Poemas

Adoro-te!


Queria estar na tua pele
Reluzir debaixo do mesmo sol
E sentir tudo o que sentes
E ser como tu, tão inteligente!

A cor dos teus olhos
Bem podia ser a cor dos meus
O desenho dos teus lábios
Tão perfeitos…
Ainda mais quando me dão beijos!

O teu sorriso…
Aquele que é só para mim
Está guardado
Com todo o amor no meu peito
Tu és um todo
E tudo o que eu quero!

Adoro-te, meu amor mais que perfeito!

A tua voz de violino


A tua voz,
É como acordes musicais
De violino.

Arrepio-me…
Quando abafas o som,
Num sussurro ao meu ouvido.

Vibro…
Quando com a tua melodia,
Danço passo a passo contigo.

Aninho-me a ti
E ao teu encantamento,
És a música, que prende o meu coração cativo.

A tua voz… no melhor desempenho dum violino!

Ser poeta ou poesia


Poesia,

Se ao menos eu fosse tua

Ou tu fosses minha…

Rimaria como um terceto

Num lindo soneto.


Se eu fosse uma poetisa,

Expressar-me-ia com prosas e poemas

Ao viver o fado da vida,

E sonharia enaltecer a língua Portuguesa,

Assim como encantar leigos e poetas.


Se ao menos eu fosse… poesia!

Músicas de Amor


O saxofone entoou
Num ambiente romântico,
Onde se vislumbravam
Cortinas brancas esvoaçantes,
E pétalas de várias rosas.

A guitarra gemeu
Num ambiente à luz das velas,
Onde havia uma cama redonda
Com lençóis vermelhos,
E onde jazia um casal que se amara…

O som do piano
Percorria-lhes todo o corpo,
Cada tecla tocada
Era como um beijo que eles davam,
Em cada ritmo dançado
Era-lhes satisfeito um desejo.

Foi o saxofone,
A guitarra e o piano,
Que lhes adormeceu
E que lhes despertou,
Para um amor de tal modo perfeito
Como as músicas de amor do melhor conjunto.

O meu ponto.


O ponto que eu dei

Foi firme, foi resoluto

Foi um ponto para toda a vida

Porque à certeza não desaponto.


Foi o fim

Para o que já não quero para mim

Entrelacei e dei um forte nó

Ao vil, ao asno, ao mal…

O meu ponto, foi um ponto final.

Passado, presente e futuro.


O passado não foi esquecido
Mas não é relembrado
É água que ainda corre por um rio
Que já não desagua em mim
Por ser recente, distante, por ser passado.

O presente é meramente estranho
E já receio o futuro
Parece-me ser tudo demasiado óbvio
Onde dos carris do karma não descarrilo
E vivo num círculo fechado.

O futuro eu não o adivinho
E o medo não me deixa decifrá-lo
Mas bem lá no fundo
Desejo que tudo venha a ser como eu sonho
Ao som duma música barroca tocada no cravo.

Amor e Paz


Quando me envolvo nos teus braços
Tão fortes como meigos
Onde me afagas com mil desejos
Fico presa a ti, como nos melhores sonhos.

Quando os teus lábios tocam nos meus
Me delicio com a textura e com o sabor
A iguaria que o momento mais aprecia
É o degustar dum verdadeiro amor.

A minha carne procura a tua carne
Pela falta do teu carinhoso toque
Sinto que a tua pele, também a mim me reveste.

O meu espírito procura o teu espírito
Em busca do que só tu me dás: amor e paz
Contigo… eu sou muito mais feliz!

Desabafo com as palavras


Não me reconheço...
Hoje, não é a minha alma que está incorporada em mim
Hoje é a raiva, que por inteiro me possui
Pela maldade que no inferno eu desci.

Como é que dois irmãos são filhos do mesmo Deus?
Um é a bondade, outro é a maldade
Por Ele são amados com a mesma intensidade
Um quero preservar como amigo
O outro tento afastá-lo do meu caminho.

Mas em cada passo que eu dou
Vem a maldade ao meu encontro
Sinceramente…, não sei como fui merecê-lo!

domingo, 10 de junho de 2007

Olho para o céu


Olho para o céu
Na esperança de encontrar um sinal
Talvez num piscar cintilante duma estrela
Ou num rasgar do céu por um cometa.

Olho para o céu
Mas nenhum sinal surge na constelação
E o que preenche a minha mente
Mas esconde o meu coração
Fica sem resposta ou sem alusão.

Olho para o céu
E deixo que me leiam a sina
De linhas delineadas e contorcidas
Descarriladas por um sentimento
De escravidão por um só amo.

Olho para o céu
E no infinito vejo um ponto de interrogação…

Meu choro


Choro, de tanto chorar
Mas nem assim minha alma se limpa
Nem assim ela se purifica
E então… choro mais ainda.

Grito, um grito quase mudo
Que finge ser surdo
Não encontrando outra saída
Se não chorar, com ou sem afinco.

De olhos molhados
Pela marulhada aflitiva
Meu soluçar perde a força
E a lágrima que escorria perde a vida.
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NÃO ABANDONE!!!

NÃO ABANDONE!!!